sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Noites Claras




Noites claras, desse céu teimoso
Que anda a alumiar nosso caminho,
Respondam-me, se houver alento aí,
O que me faz querer tanto assim
A flor do meu desejo ?
Irracional coração,
As mãos me prendeste
Na lida da pena e do papel
A escrever mil vezes que sim,
Eu a amo, eu a quero,
E minh’alma é um poço sem fim,
Descendo a corda do querer
A alguém distante, longe daqui,
Alma maldosa, no amor me invocaste
A amá-la, a minha amada,
Noites sem fim,
Como a mais clara das noites,
Que se me escutar
Há de se apiedar de mim...


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